Estes foram os que vieram comigo para casa (curiosamente todos de autores portugueses):
João de Melo - "O Mar de Madrid" - Para os livros de João de Melo não preciso de justificação. São bons e eu gosto, portanto tenho de os ter aqui por casa.
"A primeira vez em que viajou até ao país vizinho, Francisco Bravo Mamede, o senhor poeta, viu que as cidades de Espanha ficavam no fim de todos os caminhos. Para se ir de uma para a outra, e não havendo passagem para a cidade seguinte, andava-se por ali ao deus-dará, às voltas e mais voltas para não se enredar a gente no fio de orientação que levava para fora do emaranhado urbano, como quem procura e finalmente encontra a porta de saída de uma casa desconhecida. Ia-se então adiante, sem rumo nem certeza alguma sobre a hora de chegada ao destino que se havia traçado (se haciendo el camino al andar, como no verso do querido mestre Antonio Machado) - e logo toda ela se recortava ao longe, muito nítida de luz, como um baixo-relevo que emergisse do fundo da paisagem."
Patrícia Reis - "Por Este Mundo Acima" - Desta autora apenas li um livro "Morder-te o Coração" (opinião aqui) e a verdade é que me deixou uma boa impressão. Achei que estava na altura de voltar a ler alguma coisa dela.
"Um cenário de terrível desastre assola Lisboa. Poderia ser em qualquer outro lugar do mundo. Os escombros passam a ser paisagem, a cidade e as relações humanas transformam-se vertiginosamente. Entre os sobreviventes há um homem, um velho editor. Procurando amigos e amores desaparecidos encontra um manuscrito e um rapaz e, neles, a porta para uma outra dimensão da vida.
Por Este Mundo Acima é uma peregrinação futurista e um relato de memória. Consagração dessa melhor forma de amor a que chamamos amizade, é também uma história sobre a importância redentora dos livros."
José Luís Peixoto - "Nenhum Olhar" - Depois de "Livro" (opinião aqui) de que gostei muito, nunca mais li nada de José Luís Peixoto. A principal razão creio que tem sido o preço dos livros dele... Este, comprei-o num dos alfarrabistas e, para além de estar em excelentes condições, traz como brinde a assinatura do escritor. :)
"Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade. «... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...»"
Embora só lá tenha ido uma vez para comprar livros para mim, estive lá no dia da criança com as minhas pipocas e este ano já foram elas a escolher os livros para elas. Dentro do que conseguiam ver, dada a multidão que deambulava por lá... :)
Quiseram livros da Dora, A Exploradora e foi isso que levaram para casa. :)

As visitas relâmpagos que fiz ao recinto, depois de sair do trabalho já tarde, sem tempo para uma voltinha a sério, foram para matar a gula de doces, com as Bolas da Praia e as farturas! :p
E foi a Feira do Livro deste ano. Achei-a mais dinamizada, mais atractiva e o facto de terem começado mais tarde foi uma boa ideia. Apanharam a semana dos feriados em Lisboa e o tempo esteve fantástico.
Para o ano há mais! Espero ter mais tempo para gastar dinheiro!
Boas leituras!