Título original: Salem's Lot
Ano da edição original: 1975Autor: Stephen King
Tradução: Carlos Pereira
Editora: Bertrand Editora
"Ben Mears, um escritor de sucesso, regressa ao Lote de Jerusalém (também conhecido como Lote de 'Salem), no Maine, para escrever um livro acerca da casa que o assombra desde criança. Ao chegar à sua cidade natal, depara-se com um cenário de pesadelo: a cidade, isolada, está infestada de vampiros, que espalham o caos e a morte. Na esperança de conseguir travá-los, Ben Mears consegue reunir um pequeno grupo de pessoas para combater o Mal que invadiu a cidade.
Segundo romance de Stephen King, A Hora do Vampiro tornou-se uma referência mundial na literatura de terror."
Não é novidade que gosto de Stephen King, também não é novidade que nem tudo o que ele escreve é do meu agrado e que tendo a gostar mais das suas primeiras obras. Isto para dizer que A Hora do Vampiro (tradução para português que não entendo) é do meu agrado. É um livro bem estruturado, com princípio, meio e fim, principalmente fim, o calcanhar de Aquiles do escritor. :) O ambiente criado é suficientemente realista para quase me fazer levantar e verificar se as janelas e portas estão devidamente fechadas. :) A química criada entre os protagonistas e entre estes e as maléficas criaturas que vieram tomar a cidade pelos dentes (não resisti) é boa e mantem-nos agarrados ao livro.
Acho que não vale a pena entrar em pormenores relativamente ao enredo porque na realidade não é mais do que uma típica história de vampiros. E com típica quero dizer uma história onde os habitantes do Lote de Jerusalém (Salem's Lot) começam a ter comportamentos estranhos, alguns desaparecem, outros morrem e depois os seus corpos desaparecem. Tudo isto começa com a mudança para a cidade de dois homens sinistros, um dos quais nunca ninguém viu, que se mudam para a casa de Marsten, a casa assombrada e obscura da cidade. Juntamos a isto um escritor que passou alguns anos da infância no Lote e que sempre viveu fascinado pela casa de Marsten, e decide regressar para escrever sobre ela, um Professor pragmático, não crente, o padre da cidade, um pouco desiludido com o mundo, uma jovem desejosa de sair da pequena cidade à conquista do mundo e, um miúdo com mais tomates que todos os outros juntos!
Para mim que nem sequer o Drácula li, não há mais típico do que isto. Os vampiros sofrem de todos os males descritos na mitologia - não andam de dia, alimentam-se de sangue, não suportam alhos e fogem da cruz como o próprio diabo faria. São também, de certa forma charmosos, hipnotizantes e persuasivos, difíceis de resistir, portanto.
Tendo dito tudo isto, gostei bastante do livro. Lê-se muito bem e é, para além de assustador qb, bastante divertido.
Recomendo sem reservas aos fãs dos vampiros do século XXI e, em especial para aqueles a quem estes vampiros modernos provocam urticária grave. :)
Boas leituras!
Excerto (pág. 20):
"Dois meses depois do artigo do jornal, o rapaz entrou para a Igreja. Fez a sua primeira confissão, e confessou tudo. (...)
- Ele fez uma confissão estranha. De facto, numa ouvi uma confissão tão estranha em toda a minha vida de padre.
- Não me surpreende.
- Ele chorou - disse o padre sorvendo o seu chá. - Era um choro profundo e terrível. Vinha dos confins da sua alma. Será preciso fazer-lhe a pergunta que esta confissão levanta no meu coração?
- Não - disse o homem alto calmamente. - Não é preciso. Ele esta a dizer a verdade."
Acho que não vale a pena entrar em pormenores relativamente ao enredo porque na realidade não é mais do que uma típica história de vampiros. E com típica quero dizer uma história onde os habitantes do Lote de Jerusalém (Salem's Lot) começam a ter comportamentos estranhos, alguns desaparecem, outros morrem e depois os seus corpos desaparecem. Tudo isto começa com a mudança para a cidade de dois homens sinistros, um dos quais nunca ninguém viu, que se mudam para a casa de Marsten, a casa assombrada e obscura da cidade. Juntamos a isto um escritor que passou alguns anos da infância no Lote e que sempre viveu fascinado pela casa de Marsten, e decide regressar para escrever sobre ela, um Professor pragmático, não crente, o padre da cidade, um pouco desiludido com o mundo, uma jovem desejosa de sair da pequena cidade à conquista do mundo e, um miúdo com mais tomates que todos os outros juntos!
Para mim que nem sequer o Drácula li, não há mais típico do que isto. Os vampiros sofrem de todos os males descritos na mitologia - não andam de dia, alimentam-se de sangue, não suportam alhos e fogem da cruz como o próprio diabo faria. São também, de certa forma charmosos, hipnotizantes e persuasivos, difíceis de resistir, portanto.
Tendo dito tudo isto, gostei bastante do livro. Lê-se muito bem e é, para além de assustador qb, bastante divertido.
Recomendo sem reservas aos fãs dos vampiros do século XXI e, em especial para aqueles a quem estes vampiros modernos provocam urticária grave. :)
Boas leituras!
Excerto (pág. 20):
"Dois meses depois do artigo do jornal, o rapaz entrou para a Igreja. Fez a sua primeira confissão, e confessou tudo. (...)
- Ele fez uma confissão estranha. De facto, numa ouvi uma confissão tão estranha em toda a minha vida de padre.
- Não me surpreende.
- Ele chorou - disse o padre sorvendo o seu chá. - Era um choro profundo e terrível. Vinha dos confins da sua alma. Será preciso fazer-lhe a pergunta que esta confissão levanta no meu coração?
- Não - disse o homem alto calmamente. - Não é preciso. Ele esta a dizer a verdade."
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