Título original: Hundraaringen som klev ut genom fönstret och försvann
Ano da edição original: 2009
Autor: Jonas Jonasson
Tradução do francês: Mário Matos
Editora:Porto Editora
Autor: Jonas Jonasson
Tradução do francês: Mário Matos
Editora:Porto Editora
"No dia em que Allan Karlsson celebra 100 anos, toda a cidade o aguarda para uma grande festa em sua honra.
Mas Allan tem outros planos... Morrer de velho? Sim, mas não ali!
Munido de um par de chinelos gastos, joelhos empenados e uma ousadia tremenda, Allan lança-se numa extraordinária aventura, arrastado numa torrente de equívocos e golpes de sorte.
E ao mesmo tempo que acompanhamos a sua última viagem (ou será que não?), conhecemos o seu passado, perdido entre guerras, explosões e mulheres fatais - qual delas a mais perigosa"
Este livro é absurdo da primeira à última página! A história é absurda, Allan Karlsson, o centenário que no dia do seu centésimo aniversário decide que não quer morrer no lar de terceira idade, é absurdo e, por fim, todo o livro é absurdamente bom e divertido! :)
Allan Karlsson decide, num impulso, no dia do seu centésimo aniversário que, não quer participar na festa que o lar de terceira idade lhe está a preparar. Calça as pantufas, salta, com alguma dificuldade, pois os seus joelhos já não são o que eram, pela janela do seu quarto e parte, sem destino, à procura de mais uma aventura.
O livro relata aquela que julgamos ser a última aventura de Allan Karlsson, ao mesmo tempo que nos conta a longa vida do velhinho. E que vida a deste homem! Dono de uma personalidade simples, de bom carácter mas com uma noção de certo e errado por vezes duvidosa, viajou pelo mundo e atravessou a pé os Himalaias. Quem diria, ao iniciar a leitura deste livro, que estaríamos na presença de alguém que participou de forma activa, embora nada premeditada, nos destinos do mundo, sendo que na maior parte das vezes a única coisa que o guiava era o prazer de comer uma boa refeição acompanhada de uma boa bebida, qualquer uma, desde que contivesse álcool. :) Allan Karlssom, o homem que não suportava falar de política, que não tomava partido, ao longo da sua longa vida, jantou com todos os líderes mundiais, Franco, Estaline, Mao Tsé-Tung, Truman, Churchil, De Gaulle e por aí fora, tudo porque Allan tinha um talento especial para lidar com explosivos...
O Allan com cem anos continua igual a si mesmo, vivendo segundo o lema de que o que tiver que ser será e que tudo se resolverá. Ao fugir do lar de terceira idade dá início a uma aventura hilariante que toma proporções inimagináveis, que vai envolver a polícia, a imprensa nacional e um grupo de gangsters que só queriam recuperar a mala que Allan levou consigo, apenas e só porque lhe pareceu o melhor a fazer, talvez na mala estivessem uns sapatos que pudesse trocar pelas suas pantufas mija-pés!
E mais não digo. Acrescento apenas que Allan, ao longo desta sua aventura, reúne à sua volta um grupo de pessoas dignas de conhecer. Temos Jullius, um pequeno delinquente sexagenário, Benny um vendedor de cachorros quentes que é quase licenciado em tudo o que se possa imaginar, Minha Linda uma ruiva explosiva e Sónia a paquiderme... Curiosos? :)
Adorei este livro, é muito divertido sem deixar de ser um livro historicamente interessante. Gostei muito da escrita de Jonas Jonasson, e as personagens são extraordinárias! O tom é muito semelhante ao da série de George MacDonald Fraser, com o Flashman. A diferença é que Flashman é um canalha de primeira apanha, cobarde e mal formado. Allan não é nada disso. Muitos comparam Allan ao Forrest Gump e é uma boa forma de explicar a forma de ser de Allan. Tal como Flashman possui uma sorte inacreditável para sair das situações mais complicadas e bizarras mas, no caso de Allan, o que pensei foi naquela expressão/ditado que diz que "Deus protege os inocentes". Porque Allan é inocente e o que o move é a vontade de andar, conhecer o mundo e, para além disso, tem sempre muita fome e muita sede. Vive livre de amarras e de lealdades que possam condicionar as suas decisões. :)
Recomendo!
Boas leituras!
Nota: Os países nórdicos têm uma tara qualquer por títulos enormes e descritivos! Neste caso funciona muito bem, porque acaba por ser o primeiro indício de que estamos na presença de um livro genialmente divertido!
Allan Karlsson decide, num impulso, no dia do seu centésimo aniversário que, não quer participar na festa que o lar de terceira idade lhe está a preparar. Calça as pantufas, salta, com alguma dificuldade, pois os seus joelhos já não são o que eram, pela janela do seu quarto e parte, sem destino, à procura de mais uma aventura.
O livro relata aquela que julgamos ser a última aventura de Allan Karlsson, ao mesmo tempo que nos conta a longa vida do velhinho. E que vida a deste homem! Dono de uma personalidade simples, de bom carácter mas com uma noção de certo e errado por vezes duvidosa, viajou pelo mundo e atravessou a pé os Himalaias. Quem diria, ao iniciar a leitura deste livro, que estaríamos na presença de alguém que participou de forma activa, embora nada premeditada, nos destinos do mundo, sendo que na maior parte das vezes a única coisa que o guiava era o prazer de comer uma boa refeição acompanhada de uma boa bebida, qualquer uma, desde que contivesse álcool. :) Allan Karlssom, o homem que não suportava falar de política, que não tomava partido, ao longo da sua longa vida, jantou com todos os líderes mundiais, Franco, Estaline, Mao Tsé-Tung, Truman, Churchil, De Gaulle e por aí fora, tudo porque Allan tinha um talento especial para lidar com explosivos...
O Allan com cem anos continua igual a si mesmo, vivendo segundo o lema de que o que tiver que ser será e que tudo se resolverá. Ao fugir do lar de terceira idade dá início a uma aventura hilariante que toma proporções inimagináveis, que vai envolver a polícia, a imprensa nacional e um grupo de gangsters que só queriam recuperar a mala que Allan levou consigo, apenas e só porque lhe pareceu o melhor a fazer, talvez na mala estivessem uns sapatos que pudesse trocar pelas suas pantufas mija-pés!
E mais não digo. Acrescento apenas que Allan, ao longo desta sua aventura, reúne à sua volta um grupo de pessoas dignas de conhecer. Temos Jullius, um pequeno delinquente sexagenário, Benny um vendedor de cachorros quentes que é quase licenciado em tudo o que se possa imaginar, Minha Linda uma ruiva explosiva e Sónia a paquiderme... Curiosos? :)
Adorei este livro, é muito divertido sem deixar de ser um livro historicamente interessante. Gostei muito da escrita de Jonas Jonasson, e as personagens são extraordinárias! O tom é muito semelhante ao da série de George MacDonald Fraser, com o Flashman. A diferença é que Flashman é um canalha de primeira apanha, cobarde e mal formado. Allan não é nada disso. Muitos comparam Allan ao Forrest Gump e é uma boa forma de explicar a forma de ser de Allan. Tal como Flashman possui uma sorte inacreditável para sair das situações mais complicadas e bizarras mas, no caso de Allan, o que pensei foi naquela expressão/ditado que diz que "Deus protege os inocentes". Porque Allan é inocente e o que o move é a vontade de andar, conhecer o mundo e, para além disso, tem sempre muita fome e muita sede. Vive livre de amarras e de lealdades que possam condicionar as suas decisões. :)
Recomendo!
Boas leituras!
Nota: Os países nórdicos têm uma tara qualquer por títulos enormes e descritivos! Neste caso funciona muito bem, porque acaba por ser o primeiro indício de que estamos na presença de um livro genialmente divertido!
Excerto:
"Allan constatou que conseguia ser ao mesmo tempo uma ratazana e um cão, em menos de um minuto. Estaline devia ser doido, se ainda achava que ia ter a ajuda dele. De qualquer forma estava farto de ser insultado. Tinha ido a Moscovo para ser útil, e não para ser maltratado. Estaline que se desembrulhasse sozinho.
- Estava a pensar cá numa coisa - disse Allan.
- Ah, sim? E em quê? - perguntou Estaline, furioso.
- Não acha que devia rapar esse bigode?
A noite terminou com esta pergunta. O intérprete perdera os sentidos."