Título original: The Island
Ano da edição original: 2005
Autor: Victoria Hislop
Tradução: Isabel Baptista
Editora: Civilização Editora
Autor: Victoria Hislop
Tradução: Isabel Baptista
Editora: Civilização Editora
"Numa altura em que a sua vida estava dominada por um dilema, Alexis Fielding sentia-se mais determinada do que nunca a levantar o véu de mistério que sempre encobriu o passado da sua mãe, Sofia. Alexis sabia apenas que Sofia tinha sido criada numa aldeia de Creta. Decidiu, então, fazer uma viagem até às ilhas gregas e, para sua surpresa, Sofia achou que estava na altura de ela saber mais acerca do passado. Antes de Alexis partir para a sua viagem, Sofia deu à filha uma carta para entregar a uma velha amiga, Fotini, e prometeu-lhe que através dela ficaria a saber muito mais...
Quando encontrou Fotini, Alexis ficou finalmente a conhecer a história que Sofia escondeu toda a vida: a história de uma família dilacerada pela tragédia, pela guerra e pela paixão. Alexis descobre que o passado poderá ajudá-la a resolver o futuro..."
Quando encontrou Fotini, Alexis ficou finalmente a conhecer a história que Sofia escondeu toda a vida: a história de uma família dilacerada pela tragédia, pela guerra e pela paixão. Alexis descobre que o passado poderá ajudá-la a resolver o futuro..."
Alexis Fielding sente que chegou a uma altura da vida em que deve parar para pensar antes de fazer escolhas que irão determinar de forma irreversível a sua vida futura. Começa a ter dúvidas sobre a relação de alguns anos e sobre o rumo que deve dar à mesma. Casar ou partir para outra. Será que está a ser demasiado exigente, a desejar para ela um arrebatamento que apenas conhece dos filmes?
Embora não consiga perceber porquê, sente que os segredos que a mãe esconde sobre o seu passado a poderão ajudar, de alguma forma, a tomar uma decisão que a leve a ser verdadeiramente feliz.
A única coisa que sabe sobre a sua mãe Sofia é que nasceu e cresceu numa pequena aldeia de Creta. O passado de Sofia sempre foi assunto proibido na casa dos Fielding e todos sempre respeitaram a vontade de Sofia. Alexis vê numa viagem à Grécia com o namorado, a oportunidade perfeita para tentar mais uma vez perceber o que é que a mãe tanto quer esconder e diz-lhe que está a pensar visitar a aldeia onde nasceu. Inesperadamente Sofia, aceita e reconhece que está na altura de Alexis saber tudo o que há para saber sobre o seu passado. Não será ela a contar, porque há coisas que só podem ser compreendidas estando lá, vendo com os próprios olhos e por isso entrega a Alexis uma carta que ela deve dar a Fotini, uma velha amiga da família. Nessa carta Sofia pede ajuda a Fotini, pede-lhe que explique tudo à filha, que não lhe esconda nada.
O que Alexis descobre sobre o passado da mãe e da sua família vai ajudá-la a perceber, entre muitas outras coisas, que o arrebatamento que apenas conhece dos filmes é possível e que não existem barreiras para o amor e para a amizade verdadeiros.
Há livros que, por um motivo ou outro, metemos na cabeça que haveremos de ler um dia. Uns por razões que até conseguimos explicar, outros nem tanto. A Ilha de Victoria Hislop encaixa na última hipótese. Não faço ideia quando é que tomei conhecimento da sua existência, nem porque é que anda há anos na minha cabeça, fazendo parte da minha lista de "livros a ler". A verdade é que acabei por comprá-lo e, embora as expectativas não fossem muito elevadas, tinha alguma vontade de ser surpreendida e de descobrir uma nova escritora.
Embora o livro não seja mau, porque não o é, também não é diferente ou sequer muito original, se comparado com outros dentro do género. A escrita não é especialmente inspirada, e a história, embora tenha a originalidade de se passar numa colónia de leprosos em Creta, na Grécia, não é muito mais do que uma história de amor, ou várias histórias de amor, que tornam o livro num romance, mais ou menos cor-de-rosa e pouco mais. A Ilha não é o tipo de livro que me encha as medidas como leitora e Victoria Hislop não me parece ser uma escritora que me vá arrebatar, nem ser das que, dentro do género, por vezes me dá vontade de ler. Tenho pena, porque estava efetivamente à espera de algo mais original.
Embora o livro não vá de encontro ao meu gosto pessoal, se me distanciar e colocar de lado o meu gosto, recomendaria sem hesitações. O livro lê-se bem, é melodramático q.b., mas o que me leva a recomendá-lo sem hesitações é o facto a autora explorar as relações entre as personagens tendo como pano de fundo uma colónia de leprosos, Spinalonga. Não é uma escolha óbvia e isso é interessante.
Boas leituras!
Excerto (pág.43):
" - Eu podia dizer «vou começar pelo princípio», mas aqui não há um verdadeiro princípio - disse ela. - A história da tua mãe é a história da tua avó e é também a história da tua bisavó. E a história da tua tia-avó também. As vidas delas estão entrelaçadas e é a isso que nos referimos de facto quando falamos do destino na Grécia. Aquilo a que chamamos destino é em grande parte decidido pelos nossos antepassados, não pelas estrelas. Quando falamos sobre a história antiga aqui, referimo-nos sempre ao destino; mas não nos queremos referir de facto ao incontrolável. É claro que há eventos que parecem acontecer vindos do nada e que mudam o curso das nossas vidas, mas o que realmente determina aquilo que nos acontece são as acções daqueles que estão à nossa volta e daqueles que vieram antes de nós."
Embora não consiga perceber porquê, sente que os segredos que a mãe esconde sobre o seu passado a poderão ajudar, de alguma forma, a tomar uma decisão que a leve a ser verdadeiramente feliz.
A única coisa que sabe sobre a sua mãe Sofia é que nasceu e cresceu numa pequena aldeia de Creta. O passado de Sofia sempre foi assunto proibido na casa dos Fielding e todos sempre respeitaram a vontade de Sofia. Alexis vê numa viagem à Grécia com o namorado, a oportunidade perfeita para tentar mais uma vez perceber o que é que a mãe tanto quer esconder e diz-lhe que está a pensar visitar a aldeia onde nasceu. Inesperadamente Sofia, aceita e reconhece que está na altura de Alexis saber tudo o que há para saber sobre o seu passado. Não será ela a contar, porque há coisas que só podem ser compreendidas estando lá, vendo com os próprios olhos e por isso entrega a Alexis uma carta que ela deve dar a Fotini, uma velha amiga da família. Nessa carta Sofia pede ajuda a Fotini, pede-lhe que explique tudo à filha, que não lhe esconda nada.
O que Alexis descobre sobre o passado da mãe e da sua família vai ajudá-la a perceber, entre muitas outras coisas, que o arrebatamento que apenas conhece dos filmes é possível e que não existem barreiras para o amor e para a amizade verdadeiros.
Há livros que, por um motivo ou outro, metemos na cabeça que haveremos de ler um dia. Uns por razões que até conseguimos explicar, outros nem tanto. A Ilha de Victoria Hislop encaixa na última hipótese. Não faço ideia quando é que tomei conhecimento da sua existência, nem porque é que anda há anos na minha cabeça, fazendo parte da minha lista de "livros a ler". A verdade é que acabei por comprá-lo e, embora as expectativas não fossem muito elevadas, tinha alguma vontade de ser surpreendida e de descobrir uma nova escritora.
Embora o livro não seja mau, porque não o é, também não é diferente ou sequer muito original, se comparado com outros dentro do género. A escrita não é especialmente inspirada, e a história, embora tenha a originalidade de se passar numa colónia de leprosos em Creta, na Grécia, não é muito mais do que uma história de amor, ou várias histórias de amor, que tornam o livro num romance, mais ou menos cor-de-rosa e pouco mais. A Ilha não é o tipo de livro que me encha as medidas como leitora e Victoria Hislop não me parece ser uma escritora que me vá arrebatar, nem ser das que, dentro do género, por vezes me dá vontade de ler. Tenho pena, porque estava efetivamente à espera de algo mais original.
Embora o livro não vá de encontro ao meu gosto pessoal, se me distanciar e colocar de lado o meu gosto, recomendaria sem hesitações. O livro lê-se bem, é melodramático q.b., mas o que me leva a recomendá-lo sem hesitações é o facto a autora explorar as relações entre as personagens tendo como pano de fundo uma colónia de leprosos, Spinalonga. Não é uma escolha óbvia e isso é interessante.
Boas leituras!
Excerto (pág.43):
" - Eu podia dizer «vou começar pelo princípio», mas aqui não há um verdadeiro princípio - disse ela. - A história da tua mãe é a história da tua avó e é também a história da tua bisavó. E a história da tua tia-avó também. As vidas delas estão entrelaçadas e é a isso que nos referimos de facto quando falamos do destino na Grécia. Aquilo a que chamamos destino é em grande parte decidido pelos nossos antepassados, não pelas estrelas. Quando falamos sobre a história antiga aqui, referimo-nos sempre ao destino; mas não nos queremos referir de facto ao incontrolável. É claro que há eventos que parecem acontecer vindos do nada e que mudam o curso das nossas vidas, mas o que realmente determina aquilo que nos acontece são as acções daqueles que estão à nossa volta e daqueles que vieram antes de nós."
Olá
ResponderEliminarAcabei de ler este livro e achei uma seca! Gostei mais da história do livro o Regresso da mesma autora, mas não adorei.
Bjs
Já li há uns anos e gostei imenso.
ResponderEliminarBom trabalho
É curioso o que nos inspira. Eu, que adoro história da saúde e da medicina, vibrei com o livro, não me recordo das histórias de amor que ele relata mas lembro-me de todas as descrições da ilha, das vivências dos doentes de lepra, das relações com a doença e do que a doença significava na sociedade. É maravilhoso como os gostos pessoais e a nossa própria história condicionam a forma como lemos e interpretamos um livro...
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