Título original: A Feast for Crows (part 2)
Ano da edição original: 2005
Autor: George R. R. Martin
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência
Ano da edição original: 2005
Autor: George R. R. Martin
Tradução: Jorge Candeias
Editora: Saída de Emergência
"Quando Euron Greyjoy consegue ser escolhido como rei
das Ilhas de Ferro não são só as ilhas que tremem. O
Olho de Corvo tem o objectivo declarado de conquistar
Westeros. E o seu povo parece acreditar nele. Mas será
ele capaz?
Em Porto Real, Cersei enreda-se cada vez mais nas teias da corte. Desprovida do apoio da família, e rodeada por um conselho que ela própria considera incapaz, é ainda confrontada com a presença ameaçadora de uma nova corrente militante da Fé. Como se desenvencilhará de um tal enredo?
A guerra está prestes a terminar mas as terras fluviais continuam assoladas por bandos de salteadores. Apesar da morte do Jovem Lobo, Correrrio ainda resiste ao poderio dos Lannister, e Jaime parte para conquistar o baluarte dos Tully. O mesmo Jaime que jurara solenemente a Catelyn Stark não voltar a pegar em armas contra os Tully ou os Stark. Mas todos sabem que o Regicida é um homem sem honra. Ou não será bem assim?"
Termino assim o 4º volume (8º na edição portuguesa, da Saída de Emergência) da saga As Crónicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin e, à semelhança do O Festim dos Corvos, não se avança muito na história, o que não quer dizer que não se passe nada. :)
À semelhança dos outros livros, algumas personagens morrem, alguns mistérios vão sendo revelados, muitas das personagens continuam a ser dúbias nas suas intenções e a luta pelo Trono de Ferro continua.
*Só pode conter spoilers*
Arya Stark, continua em Bravos, a trabalhar para se tornar uma discípula do Deus das Muitas Caras e a lutar para ser ninguém. Esquecer que foi Arya Stark não é tarefa fácil e esquecer a vontade de vingar os Stark parece ser ainda mais complicado. É uma miúda inteligente, mas não passa de uma miúda. Torço por ela, e gostava que ela não se transformasse numa espécie de monstro. Vamos ver o que o autor lhe reserva.
Vamos encontrar Sansa, agora Alayne, apresentada como filha do Mindinho, ainda no Ninho de Águia, junto do primo Robert. O Mindinho tem planos para ela. Vamos ver se se concretizam.
Um aparte e uma referência à série televisiva, George R. R. Martin, tem sido bem mais simpático com Sansa no livro do que na série, particularmente desde que esta fugiu de Porto Real. E mais não digo. ;)
Cersei parece estar perto de conseguir tudo aquilo com que sempre sonhou, ser Rainha e reinar, sem que nenhum homem mande nela. Parece, mas na realidade nem tudo lhe corre como planeado. Numa tentativa de afastar os Tyrell de Porto Real e do trono, tenta prejudicar Margaery, a jovem rainha do Rei Tommen. Consegue prejudicá-la mas não sem que alguns dos estilhaços a atinjam também. Como irá ela conseguir libertar-se da teia que ela própria criou?
Jaime é enviado, pela irmã, para Correrrio, com a missão de acabar com o cerco já longo ao castelo de Correrrio onde Brynden Tully, tio de Catelyn Stark, recusa render-se e ajoelhar ao Rei Tommen. Irá Jaime quebrar mais uma promessa, a que fez a Catelyn Stark, de nunca mais levantar uma arma contra um Tully ou um Stark? Estará sequer preocupado com isso?
Sobre Brienne não me vou alongar, para não estragar a história a quem ainda não leu, mas neste volume continua a sua busca por Sansa e é protagonista de uma das cenas mais chocantes do livro. E mais não digo.
Neste volume passamos ainda pela viagem de Samwell até casa, por Dorne onde se insinuam planos de vingança há muito em andamento, e pela ascensão dos Homens de Ferro e toda a devastação que trazem com eles.
Em Porto Real, Cersei enreda-se cada vez mais nas teias da corte. Desprovida do apoio da família, e rodeada por um conselho que ela própria considera incapaz, é ainda confrontada com a presença ameaçadora de uma nova corrente militante da Fé. Como se desenvencilhará de um tal enredo?
A guerra está prestes a terminar mas as terras fluviais continuam assoladas por bandos de salteadores. Apesar da morte do Jovem Lobo, Correrrio ainda resiste ao poderio dos Lannister, e Jaime parte para conquistar o baluarte dos Tully. O mesmo Jaime que jurara solenemente a Catelyn Stark não voltar a pegar em armas contra os Tully ou os Stark. Mas todos sabem que o Regicida é um homem sem honra. Ou não será bem assim?"
Termino assim o 4º volume (8º na edição portuguesa, da Saída de Emergência) da saga As Crónicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin e, à semelhança do O Festim dos Corvos, não se avança muito na história, o que não quer dizer que não se passe nada. :)
À semelhança dos outros livros, algumas personagens morrem, alguns mistérios vão sendo revelados, muitas das personagens continuam a ser dúbias nas suas intenções e a luta pelo Trono de Ferro continua.
*Só pode conter spoilers*
Arya Stark, continua em Bravos, a trabalhar para se tornar uma discípula do Deus das Muitas Caras e a lutar para ser ninguém. Esquecer que foi Arya Stark não é tarefa fácil e esquecer a vontade de vingar os Stark parece ser ainda mais complicado. É uma miúda inteligente, mas não passa de uma miúda. Torço por ela, e gostava que ela não se transformasse numa espécie de monstro. Vamos ver o que o autor lhe reserva.
Vamos encontrar Sansa, agora Alayne, apresentada como filha do Mindinho, ainda no Ninho de Águia, junto do primo Robert. O Mindinho tem planos para ela. Vamos ver se se concretizam.
Um aparte e uma referência à série televisiva, George R. R. Martin, tem sido bem mais simpático com Sansa no livro do que na série, particularmente desde que esta fugiu de Porto Real. E mais não digo. ;)
Cersei parece estar perto de conseguir tudo aquilo com que sempre sonhou, ser Rainha e reinar, sem que nenhum homem mande nela. Parece, mas na realidade nem tudo lhe corre como planeado. Numa tentativa de afastar os Tyrell de Porto Real e do trono, tenta prejudicar Margaery, a jovem rainha do Rei Tommen. Consegue prejudicá-la mas não sem que alguns dos estilhaços a atinjam também. Como irá ela conseguir libertar-se da teia que ela própria criou?
Jaime é enviado, pela irmã, para Correrrio, com a missão de acabar com o cerco já longo ao castelo de Correrrio onde Brynden Tully, tio de Catelyn Stark, recusa render-se e ajoelhar ao Rei Tommen. Irá Jaime quebrar mais uma promessa, a que fez a Catelyn Stark, de nunca mais levantar uma arma contra um Tully ou um Stark? Estará sequer preocupado com isso?
Sobre Brienne não me vou alongar, para não estragar a história a quem ainda não leu, mas neste volume continua a sua busca por Sansa e é protagonista de uma das cenas mais chocantes do livro. E mais não digo.
Neste volume passamos ainda pela viagem de Samwell até casa, por Dorne onde se insinuam planos de vingança há muito em andamento, e pela ascensão dos Homens de Ferro e toda a devastação que trazem com eles.
Não voltámos à Muralha e a Jon Snow, não se fala de Stannis e Melisandre, não sabemos mais nada de Daenerys Targaryen, Tyrion e Varys não mais são referidos. Bran Stark e os seu companheiros estão esquecidos desde que encontraram aquela personagem arrepiante e foram ajudados por Samwell.
George R. R. Martin promete, no fim deste 4º livro da saga, que o próximo - A Dance With Dragons - será dedicado a algumas destas personagens.
Gostei deste volume, embora não tenha avançado muito na história, fechou alguns assuntos e algumas das personagens tiveram desenvolvimentos potencialmente interessantes. :)
Desta vez vi a série televisiva antes de terminar a leitura deste O Mar de Ferro, o que fez com muitas das coisas que li não fossem novidade. Aliás a season 5 avançou de tal maneira na história de algumas das personagens, que julgo que a leitura do 5º volume - A Dance With Dragons - não trará muitas surpresas... :/
Como algumas das personagens têm rumos diferentes do que aconteceu na série, acredito que ao virar de cada página poderá haver uma surpresa. :)
Boas leituras!
Excerto (pág. 259):
"Isto é um sonho terrível, pensou. Mas se estava a sonhar, porque doía tanto?
A chuva parara de cair, mas o mundo inteiro estava molhado. Sentia o manto tão pesado como a cota de malha. As cordas que lhe prendiam os pulsos estavam empapadas, mas isso só as apertara mais. Virasse as mãos como virasse, não conseguia libertar-se. Não compreendia quem a atara ou porquê. Tentou perguntar às sombras, mas elas não responderam. Talvez não a ouvissem. Talvez não fossem reais. Sob as camadas de lã húmida e cota de malha enferrujada, tinha a pele corada e febril. Perguntou a si própria se tudo aquilo seria apenas um sonho de febre."
"Isto é um sonho terrível, pensou. Mas se estava a sonhar, porque doía tanto?
A chuva parara de cair, mas o mundo inteiro estava molhado. Sentia o manto tão pesado como a cota de malha. As cordas que lhe prendiam os pulsos estavam empapadas, mas isso só as apertara mais. Virasse as mãos como virasse, não conseguia libertar-se. Não compreendia quem a atara ou porquê. Tentou perguntar às sombras, mas elas não responderam. Talvez não a ouvissem. Talvez não fossem reais. Sob as camadas de lã húmida e cota de malha enferrujada, tinha a pele corada e febril. Perguntou a si própria se tudo aquilo seria apenas um sonho de febre."
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