Título original: O Espião Português
Ano da edição original: 2015
Autor: Nuno Nepomuceno
Editora: Edições ASA
“E se toda a sua vida não passar de uma mentira? André Marques-Smith é um bom rapaz. Dedicado à família e aos amigos, é o mais jovem funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros português a assumir a tão desejada direcção do Gabinete de Informação e Imprensa. Uma dedicação profissional que esconde um coração partido. Freelancer é o nome de código de um espião da Cadmo, uma organização semigovernamental internacional. A par do MI6 e da CIA, a Cadmo age nos bastidores da política mundial, moldando o mundo tal como o conhecemos. Freelancer é metódico e implacável, um dos seus operacionais mais cotados.”
Fiquei na dúvida, antes de iniciar a leitura, se o mundo literário ainda tem alguma coisa a dizer sobre o universo da espionagem e, depois de terminar, acho que sim.
Depois de ler este livro, acho que o mundo da espionagem continua a ser um mundo fascinante, independentemente de não estarmos no meio de uma guerra mundial, ou da guerra fria. :)
Depois de ler este livro, acho que o mundo da espionagem continua a ser um mundo fascinante, independentemente de não estarmos no meio de uma guerra mundial, ou da guerra fria. :)
Neste caso em particular, tratando-se de um escritor português, cuja personagem principal é portuguesa, existe uma familiaridade e empatia com André Marques-Smith, que é especial e não seria tão imediata se ele fosse de outra nacionalidade.
O Espião Português é, portanto, uma história típica de espionagem que envolve gente bonita e perigosa, que são mais do que aparentam. Há muita ação, ou como já ouvi sobre alguns filmes de ação, tem muitos "murros e pontapés nas trombas".
Tem, para além disto uma boa história de suporte a toda a ação, e personagens com as quais criamos empatia. Está bem escrito, com algumas revelações que, se pode dizer, são surpreendentes.
De que precisamos mais numa história deste género? Diria que nada.
De que precisamos mais numa história deste género? Diria que nada.
Não tenho bem a certeza quando é que me cruzei com o nome de Nuno Nepomuceno mas, muito possivelmente foi no Goodreads. Terei apanhado alguma crítica de alguém, cuja opinião valorizo.
Li sempre coisas muito positivas sobre os livros dele e, andava curiosa, há algum tempo. Felizmente, confirmaram-se todas as críticas positivas que li e por isso recomendo, sem quaisquer reservas.
Li sempre coisas muito positivas sobre os livros dele e, andava curiosa, há algum tempo. Felizmente, confirmaram-se todas as críticas positivas que li e por isso recomendo, sem quaisquer reservas.
Boas leituras!
Excerto:
"Está a correr. Não tem a certeza de quantos são. Olha para trás. Os guardas dobram a esquina do corredor. São apenas dois. Não, três. O certo é que mais venham a caminho. De arma em punho, gritam em sueco. Um deles atira, mas falha. Uma luz de presença estala, deixando o corredor um pouco mais escuro. Vindo de cima, o besouro do alarme ressoa-lhe nos ouvidos. O corredor parece não ter fim. Sente as solas duras a escorregar sobre o chão antigo de pedra. As dores no pé começam a incomodá-lo verdadeiramente. «Stanna, stanna!», ordenam eles, como se parar fosse mesmo uma opção. Tem de continuar a correr!"