Ano da edição original: 2000
Autor: Ken Follett
Tradução do Russo: Eugénia Antunes
Editora: Casa das Letras
"1958: A Guerra Fria está no auge, os Soviéticos ultrapassam os Americanos nos primeiros passos da corrida para a conquista do espaço. Claude Lucas acorda, uma manhã, na Union State de Washington. Vestido com roupas de vagabundo, está afectado por uma amnésia que o impede de se recordar, entre outras coisas, do seu estatuto profissional. Acontece que ele é uma personagem central do próximo lançamento do Explorer I, um foguetão do exército dos EUA. Anthony Carroll, agente da CIA e velho amigo de Lucas, anda a seguir o caso. E convém-lhe que a amnésia não passe tão depressa…"
Bem, por muito que gostasse de dizer o contrário, a verdade é que, infelizmente não há muito a dizer acerca deste livro... A desilusão só não é enorme, porque a minha incapacidade de vibrar com policiais desculpa, em parte, a fraca qualidade do livro e, por isso a minha vontade de ler Os Pilares da Terra não foi muito afectada. Pode ser que Ken Follett seja bem melhor nos romances marcadamente históricos.
Ora bem... Este é um livro cuja acção decorre em 1958, em plena Guerra Fria, nas horas que antecedem o lançamento satélite Explorer I, o primeiro lançamento bem sucedido dos EUA, na sua guerra pelo espaço, contra a Rússia comunista.
Claude Lucas é um cientista que trabalhou de perto para que este fosse um dia histórico para os EUA e que, uns dias antes do lançamento do satélite, acorda numa casa-de-banho de Union Station, com uma amnésia profunda. Não sabe quem é, como foi ali parar e, embora o espelho lhe devolva a imagem de um sem-abrigo Luke tem a certeza de que não pertence aquele lugar e àquela roupa.
Começa desta forma uma história que até prometia ser interessante. Estas páginas iniciais, onde aquele homem está confuso e frustrado por não saber nada acerca dele próprio foram as únicas que, de alguma forma, me prenderam a atenção. O resto do livro foi apenas um desenrolar de acontecimentos previsíveis, mal interligados, com personagens mal exploradas, superficiais, bidimensionais e que, por isso, não conseguiram despertar em mim qualquer empatia...
A componente romântica da história está tão mal explorada que nem vontade de rir dá. As cenas/conversas que envolvem sexo são constrangedoras, despropositadas e não trazem qualquer mais-valia à história ou sequer permitem uma maior aproximação às personagens. Ainda não percebi porque é que há escritores que insistem em romancear quando não sabem como o fazer (sim, estou a lembra-me do José Rodrigues dos Santos e do seu inenarrável Tomás Noronha...).
Não me apetece sequer perder muito mais tempo a elaborar esta opinião. Não vale a pena.
No que toca a policiais, nunca irei dizer não leiam. O que posso dizer é que, para mim, foi claro desde muito cedo que este livro iria entrar na minha lista do Winkingbooks. Não me vai fazer confusão nenhuma vê-lo abandonar as minhas estantes em direcção às de alguém que talvez o saiba apreciar melhor.
Boas leituras! :)
Depois de ter resistido a colocar aqui um excerto de umas das cenas relacionadas com sexo aqui fica o primeiro parágrafo do livro. :)
Excerto:
"Acordou sobressaltado.
Pior que isso: estava aterrorizado. O coração batia-lhe apressadamente, arquejava e sentia o corpo retesado. Era como acordar de um pesadelo, embora sem a sensação de alívio que normalmente se lhe segue. Teve a intuição de que alguma coisa terrível lhe acontecera, mas não sabia o quê."
Bem, por muito que gostasse de dizer o contrário, a verdade é que, infelizmente não há muito a dizer acerca deste livro... A desilusão só não é enorme, porque a minha incapacidade de vibrar com policiais desculpa, em parte, a fraca qualidade do livro e, por isso a minha vontade de ler Os Pilares da Terra não foi muito afectada. Pode ser que Ken Follett seja bem melhor nos romances marcadamente históricos.
Ora bem... Este é um livro cuja acção decorre em 1958, em plena Guerra Fria, nas horas que antecedem o lançamento satélite Explorer I, o primeiro lançamento bem sucedido dos EUA, na sua guerra pelo espaço, contra a Rússia comunista.
Claude Lucas é um cientista que trabalhou de perto para que este fosse um dia histórico para os EUA e que, uns dias antes do lançamento do satélite, acorda numa casa-de-banho de Union Station, com uma amnésia profunda. Não sabe quem é, como foi ali parar e, embora o espelho lhe devolva a imagem de um sem-abrigo Luke tem a certeza de que não pertence aquele lugar e àquela roupa.
Começa desta forma uma história que até prometia ser interessante. Estas páginas iniciais, onde aquele homem está confuso e frustrado por não saber nada acerca dele próprio foram as únicas que, de alguma forma, me prenderam a atenção. O resto do livro foi apenas um desenrolar de acontecimentos previsíveis, mal interligados, com personagens mal exploradas, superficiais, bidimensionais e que, por isso, não conseguiram despertar em mim qualquer empatia...
A componente romântica da história está tão mal explorada que nem vontade de rir dá. As cenas/conversas que envolvem sexo são constrangedoras, despropositadas e não trazem qualquer mais-valia à história ou sequer permitem uma maior aproximação às personagens. Ainda não percebi porque é que há escritores que insistem em romancear quando não sabem como o fazer (sim, estou a lembra-me do José Rodrigues dos Santos e do seu inenarrável Tomás Noronha...).
Não me apetece sequer perder muito mais tempo a elaborar esta opinião. Não vale a pena.
No que toca a policiais, nunca irei dizer não leiam. O que posso dizer é que, para mim, foi claro desde muito cedo que este livro iria entrar na minha lista do Winkingbooks. Não me vai fazer confusão nenhuma vê-lo abandonar as minhas estantes em direcção às de alguém que talvez o saiba apreciar melhor.
Boas leituras! :)
Depois de ter resistido a colocar aqui um excerto de umas das cenas relacionadas com sexo aqui fica o primeiro parágrafo do livro. :)
Excerto:
"Acordou sobressaltado.
Pior que isso: estava aterrorizado. O coração batia-lhe apressadamente, arquejava e sentia o corpo retesado. Era como acordar de um pesadelo, embora sem a sensação de alívio que normalmente se lhe segue. Teve a intuição de que alguma coisa terrível lhe acontecera, mas não sabia o quê."