"Quando uma equipa de arqueólogos é selvaticamente massacrada na bacia do Amazonas, tudo o que resta da expedição são algumas caixas contendo amostras de plantas e a estátua de um deus misterioso. Viajando de barco e de porto para porto, as caixas acabam por chegar ao Museu de História Natural de Nova Iorque, apenas para serem fechadas numa cave e esquecidas. Mas o coração negro da Amazónia nunca esquece. Algum tempo depois, quando o museu decide expôr a arrepiante estátua, alguém ou algo começa a vaguear pelos corredores e galerias poeirentos do museu. E é então que se dão as mortes brutais. Mas quem será o responsável? Um louco... ou algo muito mais inexplicável? Relíquia é um romance arrepiante onde se entrelaça o dia a dia de um enorme museu com factos científicos, personagens poderosas e um enredo que arrebata o leitor da primeira página até à reviravolta final."
Dizer que andava para ler este livro há anos não será exagero. Desde que me vi nas mãos com um daqueles livrinhos promocionais, que distribuem na rua, com as primeiras páginas, que fiquei com este livro debaixo de olho. Como não sou muito de policiais, thrillers ou que quer que se chame a livros deste género, fui adiando a leitura. Finalmente chegou a hora dele! :) E, embora não seja um livro arrebatador, como diz a sinopse, é um livro que cumpre na perfeição aquilo a que se propõe: intrigar, assustar q.b. e entreter. :)
Vou tentar não revelar demais sobre a história, porque neste caso poderia ser fatal, e a Saída de Emergência poderia perder uma possível venda. Não quero isso, porque gosto da editora e quero que continue por muitos e muitos anos. ;)
O livro começa na bacia do Amazonas, onde Whittlesey, um antropólogo, acabou de encontrar uma estatueta assustadora que, ele acredita ser uma representação de Mbwun, a entidade adorada pelos Kothoga, uma tribo sanguinária e feroz, considerada um mito até então. Whittlesey veio inserido numa expedição com outros cientistas do Museu de História Natural mas, devido a desentendimentos com o outro líder da expedição, Maxwell, acabou por ficar para trás com Crocker, Carlos e dois guias, enquanto os restantes membros da expedição partiram, terminando desta forma a viagem. Nas primeiras páginas do livro, Whittlesey encontra-se sozinho com Carlos, os guias há muito desertaram, a encaixotar as suas descobertas e a pedir a Carlos que as faça chegar ao destino, pois ele não pode partir sem encontrar Crocker, desaparecido desde a noite anterior. Carlos parte e Whittlesey fica sozinho na floresta...
Anos depois, no Museu de História Natural, está a ser preparada a Exposição sobre Superstições e a peça de destaque é a estatueta do Mbwun enviada por Whittlesey. Uns dias antes da inauguração da exposição, duas crianças são encontradas brutalmente assassinadas dentro do museu. O que liga estes dois acontecimentos? Será a maldição da estatueta verdadeira? Uma coisa é certa, uma criatura, humana ou não, anda à solta no museu e é extremamente perigosa.
Neste livro, escrito por um dupla de escritores, Douglas Preston e Lincoln Child, temos um pouco de tudo. Temos perseguições por túneis escuros e mal cheirosos, mortes violentas, umas inesperadas outras mais previsíveis, temos heróis e cobardes ambos previsíveis, temos planos diabólicos para acabar com a ameaça e temos um fim, previsível e imprevisível. ;) Para além disso, temos como bónus a oportunidade de aprendermos alguma coisa sobre antropologia e genética e sobre a vida e rotinas de um museu gigante como parece ser o Museu de História Natural, em Nova Iorque.
No entanto houve algumas coisas das quais não gostei, não gostei da descrição confusa das áreas que constituem o museu, da maneira como é descrito parece que o museu é um labirinto sem fim, e isso torna difícil localizar a acção e ter uma percepção correcta do espaço físico. Mesmo que tenha sido feito de forma propositada, talvez o museu seja mesmo assim labiríntico, achei confuso demais, quebrando o ritmo da leitura. Também achei que, por vezes, se perdiam demais com explicações científicas e, não me senti muito envolvida pela história e pelo desenrolar dos acontecimentos e isto, acho que se deveu ao facto de a maioria das personagens serem um pouco chatas e previsíveis.
Este não é definitivamente o tipo de literatura que mais me preenche enquanto leitora, é raro o livro deste género que me provoque arrepios e verdadeira apreensão, excepção feita aos da Mo Hayder, talvez por falarem de coisas mais reais, como a maldade humana e os horrores de que somos capazes. Livros que metem monstros, criaturas fantasiosas, vampiros, etc a mim não dizem lá muito, excepção para alguns do Stephen King, porque ele consegue descrever as cenas de uma forma especial. :)
Posto isto, por não ser o meu género de livro mas sendo um género ao qual gosto de ir dando espreitadelas, a ver se me surpreendo, acho que é um livro que vale a pena ler, embora não tenha ficado particularmente curiosa para ler outros desta dupla de sucesso.
Boas leituras! :)
Olá queria aproveitar para convidar a visitares o meu blogue.
ResponderEliminarAinda está no estado embrionário, mas vai ter uma novidade que será a SEGUINTE: VOU DAR ALGUNS LIVROS QUE TENHO REPETIDOS NA MINHA BIBLIOTECA, ALGUNS NADA TÊM ESCRITO OUTROS SÓ TÊM O NOME E A DATA.
http://atmosferadoslivros.blogspot.com/
Boas Leituras. :)